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Fomos comidos
Em tudo que diz o Código! Vai suceder, a Viana, O mesmo que ao «Filho pródigo!...»
Levem agora
A dóca, o monte e o rio, A praia do Cabedelo, Os faróis e o bugio!
Evacuados,
Os porcos foram à frente… Vai a estátua, mais os chatos, Vão as casas e a gente!...
Se vão fazer,
O parque além da Ponte, Vai direitinho p’ra Braga, P’ra pôr no Senhor do Monte!...
E a caldeira,
Assim como está, direitinha, Mandem-na também p’ra Braga, P’ra fazer uma dóquinha.
O Largo das Almas,
Levem-no assim como está; Mandem entulho e tudo, – Eles que o arranjem lá!
O bairro jardim,
Feito de pedra morena Levem-no também p’ra Braga, – A gente lá é mais pequena…
Não levem tudo,
Deste burgo mal fadado!... Deixem ficar o canário, Para nos cantar o fado!...
E p’ra final,
A atestar a nossa sorte, Ainda temos S. Lourenço, Na hora da nossa morte…
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